10 de abr. de 2008

Presença

Sempre que ouvimos falar sobre yoga, nos vêm palavras como flexibilidade, tranqüilidade, relaxamento, saúde, equilíbrio... Outras vezes, em praticas mais exigentes fisicamente, falamos sobre força, resistência... Mas há um componente essencial no yoga que não é tão comentado, a meu ver o mais importante: a presença. Fazer yoga é, acima de tudo, estar presente. E é daí que vem a saúde, o equilíbrio, o relaxamento, e até a força e a flexibilidade. Isso tudo é conseqüência de um corpo consciente, presente.

Quando estamos em um ásana, o que é mais importante? Qual é a distancia que chegamos com as pernas na cabeça, ou o quanto estamos com nossa atenção totalmente voltada para o nosso corpo, sentindo o alongamento, o trabalho nos músculos e o movimento que existe internamente? Não há duvidas que a segunda opção é mais interessante. Sem consciência, podemos chamar as posturas de alongamento, de ginástica, de contorcionismo ou de qualquer outra coisa, mas não de yoga. Yoga é presença. É atenção.

Patanjali, em seus yoga sutras (um dos textos mais importantes do yoga, escrito a mais de 2000 anos), diz, logo no inicio: YOGASCITTA VRTTI NIRODHAH. Uma das traduções possíveis para essa frase é “Yoga é a restrição das flutuações da mente”. Ou seja: Durante a prática de yoga, procuramos não divagar tanto com os nossos pensamentos, mas focar nossa atenção no momento presente, observando e sentindo o efeito de cada ásana, seja o mais simples ou o mais avançado.

Quando pensamos dessa maneira, pouco importa se o colega ao lado chega com a mão mais perto do pé que você, ou se fica mais tempo em equilíbrio. Cada corpo é um corpo, com sua estrutura e seu histórico. O importante é a busca que se faz com a prática de yoga. O resto, como já disse, é conseqüência.Virá, mais cedo ou mais tarde.


Namaste!